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segunda-feira, setembro 22, 2008

O fim do neo-liberalismo?

O furacão financeiro amainou mas trouxe consigo a verdade há muito evitada: o neo-liberalismo e a economia de casino acabariam, mais cedo ou mais tarde, por embater contra o muro. E foi, por ironia, um presidente republicano americano a ter de fazer aquilo que seria impensável: pôr o Estado a regular aquilo que os neo-liberais sempre defenderam que deveria ser o mercado a fazê-lo.
O protagonismo do Estado Social e as consequências que isso tinha em custos ( impostos) para a classe média, assim como o parasitismo que isso acarretava levou muita gente a ver nas teorias neo-liberais a solução para o socialismo. Muita gente acreditou, mesmo de esquerda, que o papel do Estado deveria ser diminuto em tudo: nas reformas sociais, no ensino, na economia, na informação. Que assistimos hoje depois do Estado se ter demitido dos sectores estruturantes da sociedade ? Vejamos em Portugal: o ensino privado tornou-se num negócio, sem que tenha dado garantias de qualidade e seriedade académica aos portugueses. As empresas que saíram das áreas estatais como a Galp, a Brisa os as comunicações acabaram por constituírem-se em monopólios sem que os consumidores tenham alternativa. Na informação muitos que achavam ignóbil o Estado ter televisão ou rádio, constatam hoje que o último reduto contra a informação tablóide ou contra o divertimento sórdido, está na televisão do Estado. Os exemplos podiam ser muitos mais.
Sem o Estado Social a regular a sociedade está visto que há perda de segurança. O segredo está em o Estado poder controlar e saber intervir com justiça com controle dos partidos e das instituições. É isso a democracia.

1 comentário:

  1. Òh LC! veja se descortina um pouco mais além do que um politico de bancada, a bem do seu blogue e dos seus hospedes que passam por aqui!

    Estude qual foi o papel dos Estados, dos Banqueiros e das Corporaçoes que com ele dormem na mesma cama e depois poderá tirar alguma ilação mais próxima da realidade, de outra maneira , os seus post´s serão extensões das conversas do taxista, da sopeira ou do reformado que joga à sueca à sombra do azinheiro!!!

    Um brande abraço

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