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domingo, dezembro 17, 2006

Caça à multa na CREL


Um familiar meu foi multado na CREL esta semana por excesso de velocidade. Numa recta, a 170 num BMW topo de gama, numa tarde sem trãnsito, piso seco, boa visibilidade.

Os tipos esconderam-se atrás das moitas e... flash! Engraçadinhos !
A brigada de trânsito não fiscaliza as estradas, monta ciladas. Não protege e ajuda os automobilistas, toma-os como inimigos. A GNR-BT prefere poupar nos quilómetros, na visibilidade, na prevenção já que multar a granel é mais rentável e contribui em todos os itens para as boas estatísticas.

Um enxame de carros e polícias esperava depois da via verde esse meu familiar e algumas dezenas de totós que acreditam que a BT está de boa fé e não se comporta como aqueles putos que assaltaram por ali perto a actriz Lidia Franco: à traição.

O que é inacreditável é que a GNR manda parar na berma das auto-estradas originando perigo iminente para o trânsito. Pelo menos deviam ser profissionais como os seus colegas em França. Quando fui multado numa auto-estrsda francesa um polícia-motard mandou-me segui-lo até à àrea do posto da polícia.

Os acidentes baixaram em Portugal porque o medo reina nas estradas e porque o consumo de combustível baixou logo há menos gente a circular, menos acidentes. Depois os carros estão mais seguros e as estradas ajudam. Prevenção: zero.

Agora a palhaçada dos radares em Lisboa vão ser outra forma de exibicionismo de um presidente de câmara incompetente sem obra feita, com uma divida colossal e que quer mostra serviço. Mostre Carmona. Já sabíamos que a lentidão era o seu forte.

3 comentários:

  1. Não é Público e Notório que...!

    Um "familiar meu", com mais de 30 anos de condução e sem qualquer infracção registada no cadastro, recebeu uma notificação de um processo de multa por infracção grave a... 85 quilómetros à hora!

    A infracção foi, supostamente, cometida há perto de dois anos e a notificação recebida foi para entregar a carta na Delegação de Viação para cumprir 30 dias de inibição de conduzir e com a coima agravada, porque não foi paga voluntariamente após ter sido notificado para esse efeito.

    Só que, na consulta feita ao processo, não existe qualquer aviso que prove que o suposto infractor tenha sido notificado para se defender de ter cometido qualquer infracção ou para pagar a multa voluntariamente...!

    A multa aguarda impugnação judicial há perto de meio ano.
    É assim a prevenção...!

    Polícia na estrada, sem ser “emboscada” e com algum objectivo de prevenção só nos períodos do Natal e de passagem de ano, para o poder político se mostrar.

    E sempre com a televisão presente, como passou a ser moda.
    Veja-se o circo da ASAE, atrás dos ciganos, a aprender míseros milhares de euros de roupa contrafeita.
    Pura propaganda...!
    Vão ás fábricas e têm mais eficácia e com menos palhaçada.

    Os polícias têm, como disse o Miguel Sousa Tavares no Expresso, “... Um «chip»...”!

    Mas...!
    O problema está em quem programou o «chip» e não em quem tem que o usar como “utilizador”, para também usar uma linguagem informática.

    No 212ahora

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  2. Luiz,

    Concordo na totalidade com o que disse. Só não concordo com algo que não disse, mas que está implícito.

    "Numa recta, a 170 num BMW topo de gama, numa tarde sem trãnsito, piso seco, boa visibilidade."

    O condutor não tem autoridade para decidir (ainda por cima em causa própria...) se vai ou não respeitar o limite de velocidade estabelecido. A lei é para cumprir e pronto. A lei é injusta? Faça-se por mudá-la.
    Parece-me tão importante mudar a atitude da BT, como mudar a nossa mentalidade (bem portuguesa) de que podemos decidir quando é que a lei se nos aplica.
    É injusto que haja um limite de velocidade independente do modelo de automóvel, das condições do piso, da perícia do condutor e de tantos outros factores? Pois é. Eu não podia estar mais de acordo. Mas acima disso tudo está o facto de que devíamos (todos) meter na cabeça de uma vez por todas que a lei é para cumprir.
    Eu não me canso de defender que se devia introduzir no nosso código da estrada o conceito de diferentes classes de autóveis ligeiros de passageiros, com diferentes limites de velocidade. (É evidente que o BMW do seu familiar e o meu fiat punto não deviam ser regulados pelo mesmo limite.)
    Podíamos reunir assinaturas para propor um debate parlamentar sobre isto. Que me diz?

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